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Neoplasia de cavidade oral

Foto do escritor: CIOPCIOP

Por Ariane Carvalho Cruz – Cirurgiã de Cabeça e Pescoço


O que é

O câncer de boca ou câncer oral é um tipo de neoplasia maligna dos tecidos da cavidade oral. Inclui tumores malignos dos lábios, gengivas, língua, piso da boca, palato duro, palato mole (céu da boca) e orofaringe (garganta). Estima-se que cause 450.000 casos no mundo e a sobrevivência após 5 anos do diagnóstico é de 33% em regiões pobres e 63% em regiões ricas.


Idade mais frequente

A neoplastia de cavidade oral é mais comum em homens acima dos 40 anos, sendo o quarto tumor mais frequente no sexo masculino na região Sudeste. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.


Quais os principais sintomas

Feridas na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias que podem apresentar sangramento ou crescimento devem ser observadas. Também manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas.

Nódulos no pescoço e rouquidão persistente também podem representar sintomas iniciais.

Nos casos mais avançados observa-se dificuldade de mastigação e de engolir. Dificuldade na fala. Sensação de algo preso na garganta e dificuldade de movimentar a língua.


Diagnóstico

O diagnóstico normalmente pode ser feito com o exame clínico, mas a confirmação depende da biópsia. Esse procedimento pode ser feito de forma ambulatorial, com anestesia local, por um profissional treinado. Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia (nos casos indicados) permite ao cirurgião definir o tratamento adequado. As lesões muito iniciais podem ser avaliadas sem a necessidade de exame de imagem num primeiro momento. O diagnóstico inicial permite tratamento com melhor resultado funcional, visto que tumores diagnosticados em estágios mais avançados vão implicar em tratamentos mais agressivos com maior chance de sequelas.


Tratamento

O tratamento costuma ser é cirúrgico. Tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. O cirurgião de Cabeça e Pescoço é o profissional que vai avaliar o estágio da doença. Essa avaliação, associada a exames complementares determinará o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas quando a cirurgia não é possível ou quando o tratamento cirúrgico traria sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente.

A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária realização de radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante o aspecto interdisciplinar visando prevenir complicações e sequelas.






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