Agora, meninos de 12 e 13 anos também serão imunizados. A iniciativa é uma forma de diminuir números de câncer de pênis, garganta, entre outros.
A vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) foi ampliada pelo Ministério da Saúde e agora meninos de 12 e 13 anos também serão imunizados. A iniciativa é mais uma forma de diminuir a incidência de doenças causadas pelo vírus, entre elas, vários tipos de câncer como de pênis, garganta e ânus.
Nas meninas a vacinação já ocorre desde 2014 e tem como principal foco proteger o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal, além das lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. A transmissão se dá de pessoa para pessoa, quase exclusivamente por contato sexual, já que o HPV é um vírus que geralmente ataca as mucosas.
Para se ter uma ideia da importância da imunização, de acordo com o INCA, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Outro dado importante diz respeito aos cânceres de boca e garganta, que são o sexto tipo de câncer mais comum no mundo. Já em relação ao câncer anal, estudos apontam que 90% dos casos são atribuíveis à infecção pelo HPV.
De acordo com o Ministério da Saúde, a expectativa é que mais de 3,6 milhões de meninos sejam vacinados este ano. A vacina distribuída pelo SUS é quadrivalente e protege contra os tipos 6 e11 ( que estão ligados ao surgimento de verrugas genitais em 90% dos casos), 16 e 18 (relacionados a 70% dos casos de câncer de órgãos genitais como colo de útero, vulva, vagina e pênis.)
“É muito importante essa vacinação. Sempre enfatizamos que o melhor tratamento é a prevenção. Agora, é importante que os meninos também sejam imunizados para que a proteção seja cada vez mais ampla. O HPV é um vírus com muitas variações, em sua grande maioria sem prejuízos à saúde, mas é preciso estar atento já que alguns subtipos podem estar diretamente relacionados a alguns tipos de câncer, inclusive um com bastante incidência nas mulheres, que é câncer de colo de útero. Essa é mais uma forma de ajudar a diminuir esses números”, destaca Dr. Tobias Engel, oncologista do CIOP (Centro Integrado de Oncologia e pesquisa).
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